A memória que me incentivou a produzir filmes documentais de família.
Atualizado: 4 de nov. de 2018
Era um feriado qualquer. Nina, como sempre, acordou super cedo. Reginaldo levantou logo em seguida e preparou nosso café da manhã. Acordamos o Pedro, tomamos café e como de costume, sentamos no tapete da sala para tentarmos assistir algo na TV.
Não sei o momento exato que a brincadeira começou, só lembro de me pegar sorrindo ao observar Reginaldo, Pedro e Nina brincando. Era tão bonito vê-los brincando. Talvez essa seja mais uma das memórias de família que sentirei saudades um dia: Vê-los brincar até o choro vir, porque um bateu sem querer na perna ou na cabeça um do outro e a brincadeira acabar!
Queria congelar aquelas memórias, queria lembrar dos gritos, das risadas, das brincadeiras, afinal elas sempre estavam ali nos feriados, nos sábados pela tarde, nos domingos e se eles tivessem acordados quando o papai chegava do trabalho e mesmo cansado, exausto, brincavam pelo menos uns minutinhos...
Foi quando fui correndo pro quarto e peguei minha máquina. Quando Pedro me viu, já disse: - Lá vem a mamãe tirar foto de novo!
E dessa vez, pensei:
- Dessa vez não vou tirar foto. Vou filmar! E assim, foi.
A decisão
Um tempo depois, lembrei da filmagem que tinha feito. Ela estava lá, esquecida em meus arquivos no computador. Na época, não tinha muita técnica pra filmar, muito menos em editar, mas quando terminei a edição, não conseguia parar de assistir nossa história.
Tinha conseguido registrar um pedaço da nossa história, da nossa identidade. Tinha conseguido guardar uma das coisas que mais me deixava feliz - vê-los brincar! Tinha conseguido guardar para as crianças bons momentos deles com o pai. Tinha eternizado uma emoção para o Reginaldo.
Não sei quantas vezes assisti o vídeo, só sei que depois dele, continuei filmando nossa rotina, procurando o amor na linguagem corporal e nas expressões faciais em nosso dia-a-dia. E após cada vídeo filmado e editado, só vinha uma certeza, quero proporcionar essa mesma emoção para as famílias. Quero que elas assim como eu, tenham suas histórias registradas e que possam relembrar com a mesma intensidade vivida a rotina cheia de amor de suas famílias.